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Foto do escritorErick Nurmberger

1. Design, uma experiência através dos sentidos

Atualizado: 23 de out. de 2020


O Design, quando surgiu pela primeira vez no Século 19, buscava unir a estética com a funcionalidade em um produto, seja ele qual for, priorizando desde sempre a experiência do usuário (mesmo que esse termo só tenha se firmado no final da década de 90). Hoje, o Design é muito mais extenso com suas ambições. Nesse post, falarei um pouco de um dos principais pilares do Design Contemporâneo: a imersão.


A imersão no Design

O designer vive em uma constante busca por tornar a experiência de seus usuários cada vez mais imersiva, isto é, criar ambientes interativos, sejam por métodos materiais ou emocionais. Essas experiências podem tanto despertar emoções no usuário como forçar o desenvolvimento de alguma habilidade, como a cognição ou a memória. Logo, como seria possível trazer a imersão para dentro do Design?


Os 5 sentidos do Ser Humano

Responsáveis por captar toda a experiência exterior ao corpo humano e enviar a informação obtida para o cérebro, os 5 sentidos são o ponto de partida para qualquer experiência imersiva. A busca por uma maior participação dos sentidos em projetos de Design já é uma realidade. Há não muito tempo, a visão era o principal, se não o único, sentido realmente explorado e usado como imersão, mas nas últimas décadas já podemos observar diversos projetos de design que procuram não só elevar ao máximo a experiência através dos demais sentidos, mas como também criar experiências multissensoriais. Para isso, o designer Jinsop Lee desenvolveu o que chama de Gráfico dos Cinco Sentidos, uma forma de avaliar o quanto uma determinada experiência usa e explora cada um dos sentidos.


Projetos de Design que exploram os sentidos


Tableware as Sensorial Stimuli


Jin hyun Jeon desenvolveu uma coleção de talheres que transformam a alimentação em uma experiência muito mais rica através da sinestesia. Cada um dos modelos buscam estimular diferentes sentidos. O utensílio da foto à esquerda prioriza o tato e o paladar, esse último presente em todos.


Sensory Maps


A Designer Kate McLean tem o seu foco de trabalho no mapeamento de ambientes urbanos através do olfato. Os cheiros são muitas vezes ignorados por aqueles que vivem no cotidiano das cidades. O projeto procura trazer, através desses cheiros, lembranças agradáveis e uma sensação de prazer aos cidadãos urbanos.



DeafSpace


A Universidade Gallaudet, em Washington, EUA, desenvolveu o projeto arquitetônico de acessibilidade aos surdos. O DeadSpace explora a visão e o tato, criando um ambiente multissensorial para deficientes auditivos. O projeto parte de 5 princípios: Espaço e Proximidade, Alcance Sensorial, Mobilidade e Proximidade, Luz e Cor e Acústica.


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